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  • by Brunelson

Sonic Youth: Top 06 melhores linhas de baixo de Kim Gordon


Kim Gordon, eterna vocalista/baixista do SONIC YOUTH, em seu tempo com a banda em atividade de 1981 até 2011, ela frequentemente liderou os discos mais da vanguarda e intensos da discografia, apenas aumentando a sua imagem crescente como uma garota de New York.

Mas um elemento muitas vezes ofuscado do seu talento é sua incrível capacidade de fazer uma música só com as suas linhas de baixo.

Apesar dessa capacidade inata de realmente mandar a ver em um disco do SONIC YOUTH, Gordon negou constantemente o seu papel como musicista. Em vez disso, ela se considerava mais uma artista visual acima de tudo: “Tocar baixo nunca foi o meu desejo”, ela disse em sua biografia. “Foi na verdade um subproduto de querer fazer algo emocionante”.

Gordon, que nem pegou um instrumento até os 27 anos de idade, creditou o seu desejo inicial de criar às suas muitas influências. Ela compartilhou: “Eu estava realmente inspirada por bandas e artistas como THE SLITS, THE RAINCOATS, SIOUXSIE SIOUX, Patti Smith, THE RUNAWAYS, Janis Joplin, Tina Turner – que é a melhor performer – e Billie Holiday”.

E apesar da longa lista de vocalistas, Gordon logo começou a procurar baixistas e foi quando ela encontrou o seu nicho.

Em uma entrevista de 2015, Gordon revelou sobre as suas influências do baixo: “Existem certos sons de baixo, tipo, no início eu gostava muito da banda PIL e então, Sid Vicious do SEX PISTOLS tinha algumas coisas acontecendo que eram interessantes. O punk rock abriu essa intervenção na cultura, criou essa abertura onde não havia uma assim desde os anos 60, sabe? Então, embora o SONIC YOUTH tenha começado no início dos anos 80, ainda era este sentimento penetrante dessa energia e essa ideia sobre música de que você não precisava ser músico para estar em uma banda”.

Mas ela logo provou ser um talento natural no baixo, quer ela reconheça ou não. O baixista e velho amigo, Mike Watt (MINUTEMEN), disse que Gordon: “Pinta com som e emoção para fazer música. Ela não executa riffs ou exibe motivos e a sua essência musical não é algo que você encontra na revista Bass Player, por exemplo”.

Através do SONIC YOUTH e em seu trabalho solo, Gordon continuou a receber elogios de outros músicos por seu estilo inovador de tocar baixo. Embora Gordon tenha revelado que desde então deixou de lado o baixo, ela será para sempre lembrada como uma lenda no campo experimental do punk rock, noise e rock alternativo.

E como forma de homenagem, resolvemos separar um Top 06 melhores linhas de baixo de Kim Gordon no SONIC YOUTH.

Confira em ordem cronológica:


Música: "Death Valley 69"

Álbum: "Bad Moon Rising" (2º disco, 1985)

Lançada num álbum que tratou vagamente de temas do submundo dos EUA, a canção "Death Valley 69" supostamente faz menções ao serial killer Charles Manson, com Kim Gordon concedendo outra dimensão à música com a sua linha de baixo ameaçadora que borbulha sob o caos.

Após o seu lançamento, esta canção ganhou status cult por vários motivos. Não apenas o videoclipe mostrando a banda em vários estados de desmembramento sangrento, mas também inclui contribuições vocais da atriz e artista, Lydia Lunch.

Porém, tudo é sobre o baixo de Kim Gordon.


Música: "Silver Rocket"

Álbum: "Daydream Nation" (5º disco, 1988)

Esta canção forneceu ao público o primeiro gostinho real de um refrão cativante vindo do som anarquista do SONIC YOUTH. Embora a linha de baixo de Gordon às vezes seja ofuscada pela guitarra estridente, ela mantém a música palatável com o seu toque rítmico e constante.

É fácil permitir que as suas linhas de baixo fiquem em 2º plano aqui, mas as performances de Gordon sempre ofereceram algo único, construindo uma base para que as facetas mais incomuns da banda surgissem.

Lançado como o 2º single desse álbum, desde então tem sido referenciado por muitos como uma das grandes músicas alternativas da década de 80.


Música: "Dirty Boots"

Álbum: "Goo" (6º disco, 1990)

A canção "Dirty Boots" foi o 3º e último single do álbum "Goo" e foi lançado de forma independente em 1991 - apesar desse disco ter sido o primeiro pela grande gravadora, a Geffen Records.


Nesse disco, a banda procurou expandir a sua marca registrada alternando arranjos de guitarra e som em camadas.

Desde então, o álbum "Goo" tem sido considerado musicalmente e artisticamente significativo e um dos discos mais importantes do rock alternativo, com o modelo arquetípico de Gordon conduzindo a música enquanto ela estabiliza o som e avança com ameaça.


Música: "Kool Thing"

Álbum: "Goo" (6º disco, 1990)

Escrita em resposta a uma estranha entrevista de 1989 que Gordon conduziu com o rapper LL Cool J, a canção "Kool Thing" é igualmente conflituosa na maneira como ela lida com as suas linhas deslizantes de baixo.

As letras de Gordon referem-se a vários trabalhos do rapper, onde o seu baixo contribui para a pegada enquanto ainda mantém o som característico de garage rock.

É uma faceta do estilo de Gordon que muitas vezes é esquecida, embora ela mesma nunca tenha sido muito fã do seu próprio trabalho com o instrumento, mas é inevitável que há algo inteiramente cativante em sua performance.


Música: "Youth Against Fascism"

Álbum: "Dirty" (7º disco, 1992)

“Youth Against Fascism” é uma das poucas músicas abertamente políticas do SONIC YOUTH. O crítico de música, Mark Deming, afirmou que o álbum era "o disco mais abertamente político da banda, protestando contra os abusos da era presidencial de Reagan e Bush".

Junto com a linha de baixo rebelde de Kim Gordon que combina com a energia dos vocais, o vocalista/guitarrista, Ian MacKaye (MINOR THREAT e FUGAZI), contribuiu com partes adicionais de guitarra para criar o som caótico da banda.


Música: "Sugar Kane"

Álbum: "Dirty" (7º disco, 1992)

Esta canção foi lançada como o 3º single do álbum e provou ser uma das músicas mais vibrantes da banda.

E como todas as músicas da nova geração da MTV dos anos 90, ela também precisava de um videoclipe.

O clipe mostra a banda se apresentando no meio de um desfile de moda que exibia roupas grunge. Foi um ponto de referência sobre a aceitação do gênero outsider dentro do mainstream e sua inevitável comercialização.

E Kim Gordon estava felizmente à disposição para fornecer toda a assistência necessária ao projetar o seu baixo "grunge", num estilo único que se perpetua por toda a canção.

A tensão entre as guitarras desgastadas e a linha de baixo de Gordon se misturam aqui e por todo o disco, o tornando um dos álbuns mais memoráveis de toda a discografia da banda.


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