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  • by Brunelson

Queens of The Stone Age: Top 21 melhores músicas


Em 2017, QUEENS OF THE STONE AGE lançou o seu último álbum de estúdio, "Villains" (7º disco), o que foi muito bem recebido pela crítica e público, marcando em grande estilo um dos heróis do atual rock alternativo e uma das principais bandas de rock deste século.

Após fazerem a turnê mundial completa desse álbum, veio a pandemia e tudo estagnou.


Com datas confirmadas para o verão europeu em 2022, a banda ainda não deu sinal se estão gravando um novo disco e a expectativa só aumenta para vislumbrarmos como está a evolução sonora do grupo.

Desde o álbum de 2013, "Like Clockwork" (6º disco), fazendo experiências em seu som e mudando de rumo em seu conceito, QUEENS OF THE STONE AGE não pretende parar por aí e novidades virão - embora o frontman da banda, Josh Homme, já ter dito recentemente que não se vê mais lançando álbuns atrás de álbuns e saindo em turnês incessantes.

Enquanto isso, em homenagem resolvemos separar a árdua tarefa de nomear as Top 21 melhores músicas do QUEENS OF THE STONE AGE.

Confira em ordem cronológica:

Música: "Regular John"

Álbum: "Queens of The Stone Age" (1º disco, 1998)

O grupo levantou-se do deserto da California como um fênix a partir das cinzas da antiga banda de Homme, KYUSS.


Foi o KYUSS que destacou o chamado “stoner rock”, onde Homme levou o QUEENS OF THE STONE AGE numa direção mais dura e alternativa, enquanto adicionava alguns elementos do seu antigo grupo para manter as coisas interessantes.

O que veio foi uma mistura eclética de rock que começou com ele nesta jornada.

Este álbum de estreia pode não ser o disco mais definitivo da banda, mas tão longe quanto os álbuns de estreia podem ir, você não pode negar que Josh Homme tinha algo a mostrar na sua música.


Música: "Mexicola" Álbum: "Queens of The Stone Age" (1º disco, 1998) O produtor da banda TOOL, Joe Barresi, havia sido entrevistado pelo jornalista Dean Del Rey em abril de 2021 e falou de quando trabalhou no álbum homônimo de estreia do QUEENS OF THE STONE AGE - dizendo até que cobrou barato pelo serviço. No meio da conversa, ele relatou de quando escutou pela 1ª vez a canção "Mexicola": “Josh Homme me mandou uma fita-cassete, coloquei para tocar e a música 'Mexicola’ começou. Eu falei na hora: 'Estou dentro! Vamos apenas fazer isso. É matador!' E eu fiz isso porque o conhecia e gostava de sua música. Eu poderia ter ganhado U$ 40 mil dólares trabalhando em alguma outra merda de que eu não gostava". “Eu trabalhei com Josh Homme nesse álbum de estreia e vi o dinheiro saindo direto do bolso dele, centavos por centavos de dólar fazendo uma banda que tinha uma identidade e um som próprio". “E pra mim, prefiro produzir discos para bandas... Eu sempre fui assim, porque nunca escolhi nada só porque o dinheiro era uma loucura ou porque diziam que era a coisa certa a fazer”.

Abastecido pelo baixo, a canção “Mexicola” é realmente uma sonzeira com esse riff matador que se incha e ataca o ouvinte com uma precisão cirúrgica e faz a sua cabeça realmente balançar.


Música: "Auto Pilot" Álbum: "Rated R" (2º disco, 2000)


Para o 2º álbum da banda, Josh Homme – que já vinha desde o 1º disco com os serviços do ex-membro do KYUSS, Nick Oliveri, no baixo e vocais – chamou o vocalista do SCREAMING TREES, Mark Lanegan, para emprestar um pouco a sua voz.


O disco “Rated R” serve quase como um modelo para todos os álbuns que o seguiriam depois: várias participações especiais, vários vocalistas convidados e uma grande variedade de música que de uma forma ou de outra, se encaixou sob a égide da banda.


O álbum - mais pra cima com um som de rock alternativo - apresenta algumas das canções mais clássicas da banda, inclusive "Auto Pilot", com o dueto vocal de Nick Oliveri com Mark Lanegan.


Música: "Better Living Through Chemistry" Álbum: "Rated R" (2º disco, 2000)


Josh Homme mostrou avanços na composição das canções - bem como vocalista - provando que o QUEENS OF THE STONE AGE seria uma força musical a ser contada no repertório das grandes bandas na história do rock.


Aqui, o riff sinistro da guitarra de Homme assusta como uma tempestade pouco antes de liberar o seu ciclone.


Segundo nas próprias palavras dele numa entrevista: “Mais parece um terraço de um prédio cheio de pessoas sendo incineradas por maníacos, até elas virarem cinzas”.


Música: "First it Giveth" Álbum: "Songs For The Deaf" (3º disco, 2002)


Esse é o álbum Magnum Opus do QUEENS OF THE STONE AGE.


Do início ao fim, é um disco com uma sonoridade gigante!


A partir da composição, passando à musicalidade e depois às letras e melodias, esse álbum mostrou o que nada mais você pode querer de outro disco da banda.


Música: "A Song For The Dead" Álbum: "Songs For The Deaf" (3º disco, 2002)


Nesse álbum e vocalmente falando, Mark Lanegan rouba o show com as suas performances irreais em canções como "A Song For The Dead".


O disco conta com 03 vocalistas de destaque e apresenta o conceito sonoro de que o ouvinte está escutando alguém (falsos DJ's) mudando as estações de rádio ao longo de uma viagem de carro.


O baterista do NIRVANA, Dave Grohl, volta para os fundos do palco para absolutamente punir as peles da bateria gravando esse álbum e saindo em turnê com o grupo, chegando ao ponto em que você realmente quer que ele deixe de lado o seu trabalho diário como frontman do FOO FIGHTERS, para ser o baterista permanente desta banda.


Música: "Hangin' Tree" Álbum: "Songs For The Deaf" (3º disco, 2002)


Mais uma canção com o vocal lendário de Mark Lanegan...


O riff dessa guitarra, que mais parece uma chuva de granizo, é tocada durante um tempo de 5/4, que é um exemplo perfeito de como Josh Homme mistura os elementos mais estranhos que um rock’n roll enlouquecido pode nos demonstrar, para criar algo super diferente, mas ao mesmo tempo familiar.


Música: "Go With The Flow" Álbum: "Songs For The Deaf" (3º disco, 2002)


Um dos clássicos do rock alternativo, a canção "Go With The Flow" acrescenta um belo toque de sensibilidade por cima de uma música incrivelmente forte em toda a sua íntegra.


Nada vai ficar melhor do que foi este álbum para o QUEENS OF THE STONE AGE quando lançaram em 2002 - mas eles realmente não precisam fazer outro igual.


Música: "Tangled Up in Plaid" Álbum: "Lullabies to Paralyze" (4º disco, 2005)


O grupo passou por algumas mudanças antes de lançar esse 4º álbum.


Uma delas, foi-se embora o baixista/vocalista desde o início da banda, Nick Oliveri, onde Josh Homme - junto com o guitarrista Troy Van Leeuwen e o baterista Joey Castillo - trabalhou no disco mais obscuro da banda lançado até aquele momento.


Triste, mal-humorado e irritável (no bom sentido), o álbum apresentou um diferente, mas não menos emocionante, novo lado do QUEENS OF THE STONE AGE.


Música: "You Got a Killer Scene There Man" Álbum: "Lullabies to Paralyze" (4º disco, 2005)


Esse álbum foi um pouco criticado na época por não conseguir superar o seu disco antecessor - não seria por menos, uma tarefa muito difícil de realizar.


Mas independente disso, esta canção é apenas uma das músicas desse álbum que faz jus a reputação da banda e que profeticamente poderia se encaixar perfeitamente nos últimos 02 discos do grupo lançados em 2013 e 2017.


Música: "Long Slow Goodbye" Álbum: "Lullabies to Paralyze" (4º disco, 2005)


Somente para destacar e que não é o caso nessa canção escolhida, o vocalista Mark Lanegan com a sua bela voz granulada e gutural fornece alguns dos destaques vocais no álbum, enquanto na maior parte do disco ele está servindo apenas como backing vocal.


Mesmo na escuridão, o disco ainda brilha com essa música e que é a mesma que encerra o álbum.


Música: "Into The Hollow" Álbum: "Era Vulgaris" (5º disco, 2007)


Esta canção deveria ter sido cantada por Mark Lanegan. É possível imaginar certinho o seu vocal rouco e sinistro sob essa melodia.


E para esse 5º álbum da banda houve uma mudança notável na direção musical, com Josh Homme levando o grupo para um novo território incorporando elementos do rock industrial e noise.


Música: "Misfit Love" Álbum: "Era Vulgaris" (5º disco, 2007)


Embora certamente funcionasse quando Homme adicionou o tempero citado antes, ele realmente provou ter tirado algo de um saco misturado.


Foi o último álbum da banda para caracterizar o longo tempo em que o baterista Joey Castillo ficou no grupo como membro permanente (desde a turnê de 2002, já que os 03 primeiros discos da banda foram gravados por bateristas diferentes).


As músicas em geral nesse disco soam muitas vezes conflitantes, com vocais agressivos em uma gravação sub produzida, mas que mesmo assim é possível retirar algumas canções para fazer parte de uma forte coleção.


Música: "Keep Your Eyes Peeled" Álbum: "Like Clockwork" (6º disco, 2013)


É importante notar quando uma banda, depois de 15 anos e 06 álbuns em sua carreira, lança um disco que é tão elogiado pela crítica e comercialmente amado.


Isso é o que o QUEENS OF THE STONE AGE fez aqui. Onde o álbum “Lullabies to Paralyze” é temperamental, no disco "Like Clockwork" é melancolia e há uma espécie de tristeza maravilhosa que permeia cada uma das 10 músicas desse álbum.


Música: "I Sat By The Ocean" Álbum: "Like Clockwork" (6º disco, 2013)


Esse álbum é todo envolto de histórias, neblina e charme...


Sabemos que esse disco reflete o estado emocional e psicológico do seu frontman, pois segundo entrevistas, Homme havia marcado uma cirurgia no joelho antes da gravação desse álbum começar, mas houve complicações na anestesia/cirurgia e Homme chegou a falecer, sendo ressuscitado pelos médicos.


Durante todo o seu longo período de recuperação - ele ficou 03 meses de cama, um período no hospital, outro na sua casa - mais tarde Homme chegou a dizer em entrevistas que estava sem motivação nenhuma e não estava compondo novas músicas naquela época, quando ele finalmente deu o start para compor as canções mais estranhas e sombrias de toda a discografia do QUEENS OF THE STONE AGE.


Foi aqui no álbum "Like Clockwork" que a banda iniciou um novo marco zero na carreira, deixando de lado a sua sonoridade tradicional e abrindo novos horizontes desde então.


Porém, depois de um tempo, o próprio Homme disse que nunca havia dito que tinha morrido na mesa de cirurgia, que na verdade o que ele teve foi uma doença contagiosa, onde ele ficou 03 meses na cama sem poder abraçar os filhos e ter um relacionamento social - vai saber agora...


Este caso clínico ocorreu em 2011 e com a passagem no THEM CROOKED VULTURES em 2009/2010, foram esses os motivos do longo intervalo que o QUEENS OF THE STONE AGE ficou entre lançamentos de álbuns.


Músicas lançadas nesse disco como "I Sat By The Ocean", mostram a fantástica musicalidade da banda, bem como a sua capacidade em criar grandes canções melódicas que ficam escondidas dentro de um rock que bate muito forte.


Música: "If I Had a Tail" Álbum: "Like Clockwork" (6º disco, 2013)


Novamente e de cortesia, a maior parte da bateria é gravada pelo baterista do NIRVANA, Dave Grohl - incluindo a canção "If I Had a Tail" - bem como nos apresenta as aparições do ex-baixista da banda, Nick Oliveri, Mark Lanegan (sempre ele), Trent Reznor (vocalista do NINE INCH NAILS) e do Sr. Elton John ao piano.


"Like Clockwork" se tornou simplesmente num dos melhores álbuns do QUEENS OF THE STONE AGE. Estreou em 1º lugar no ranking da Billboard e também foi 1º lugar em mais 05 classificações diferentes da Billboard. Foi 2º lugar no Reino Unido e Top 05 em quase todos os países europeus, além de ficar em 1º lugar na Austrália.


Certamente mostra o lado mais vulnerável da banda, onde esse disco possui algo a oferecer a todos, seja fã ou não, o que faz o seu sucesso não ser uma surpresa.


Música: "Feet Don't Fail Me" Álbum: "Villains" (7º disco, 2017)


Não há convidados especiais desta vez. Não temos Dave Grohl e nem Mark Lanegan nas gravações.


Mesmo que Josh Homme seja o único membro do grupo que participou de todos os álbuns de estúdio desde 1998, a banda já é composta por um longo tempo pelos seus atuais companheiros: o guitarrista Troy Van Leeuwen (desde 2002), junto com o tecladista/guitarrista Dean Fertita e o baixista Michael Shuman (ambos desde 2007), e o baterista Jon Theodore (desde 2013).


O álbum “Villains” se beneficia pela mesma coesão da linha principal do seu disco anterior e turnê. Os vocais principais são todos fornecidos por Homme e é uma delícia ouvir como ele amadureceu. Como um vocalista confiante e poderoso ao longo dos anos, a sua voz é mais forte do que nunca neste novo álbum.


Assim como é fantástica a canção que abre o disco, "Feet Don’t Fail Me" (com uma atmosfera inicial concedendo saudações ao álbum anterior), com as guitarras ruidosas fazendo a seção rítmica dançar enquanto Homme junta tudo num pacote só.


Os álbuns - de qualquer banda - que abrem com músicas fortes sempre são grandes indícios e sinais proféticos do que está por vir, e aqui não é diferente...


E ao invés de simplesmente escrever letras sem sentido para pegar o caminho mais fácil, Homme escolheu bem a sua parte escrita nesse disco e nesta canção em si. Ninguém precisa de outra música de amor e Homme está no seu melhor quando as suas letras têm uma vantagem misteriosa para nós. Nada é escrito diretamente para você, mas aqui as suas letras não são de uma natureza tão obscura que o ouvinte não possa se relacionar.


Música: "Domesticated Animals" Álbum: "Villains" (7º disco, 2017)


Considerando o sucesso sem precedentes do álbum antecessor de 2013, o top de rankings “Like Clockwork”, você poderia perdoar a banda se eles sucumbissem à pressão.


Felizmente para todos os envolvidos, esse não foi o caso.


E o que dizer da canção "Domesticated Animals"? Uma sonzeira, mas se qualquer banda de garagem ou sem grande expressão popular criasse uma música com esses acordes que escutamos nos versos... Sério, não iria chamar a atenção de ninguém e iria mais parecer um aluno iniciante em aulas de guitarra parindo os seus primeiros acordes.


Mas a levada da bateria é o que dá aquele gás bem "nirvanesco" em sua sonoridade crua a la o disco "In Utero" do NIRVANA...


Música: "Fortress" Álbum: "Villains" (7º disco, 2017)


A bela música "Fortress", que diga-se de passagem, é uma baita de uma sonzeira que vai nos conquistando aos poucos, possui conteúdo lírico em homenagem aos filhos de Josh Homme - conforme entrevista concedida pelo próprio.


Música: "The Evil Has Landed" Álbum: "Villains" (7º disco, 2017)


O 2º single desse álbum, a canção "The Evil Has Landed", é o clássico QUEENS OF THE STONE AGE (poderia também ser uma sobra de estúdio do THEM CROOKED VULTURES e conforme Homme falou em entrevista, o riff dessa música foi criado nas sessões de estúdio do álbum "Songs For The Deaf", lá em 2002).


Esta canção ainda apresenta uma qualidade etérea a la LED ZEPPELIN, especialmente na forma que a guitarra de Josh Homme é tocada.


Lembremos que no disco antecessor, somente na música "My God is The Sun" a banda apresentou aquela velha e conhecida sonoridade do QUEENS OF THE STONE AGE, sendo que no disco "Villains", esta sonoridade embrionária só aparece no final da canção "The Evil Has Landed".


Música: "Villains of Circumstance" Álbum: "Villains" (7º disco, 2017)


A canção que encerra o álbum, "Villains of Circumstance", é outro destaque e apresenta letras melancólicas com uma sonoridade que lembra o disco antecessor - com exceção do refrão!


Aqui, Homme realmente acertou em cheio com um refrão que mais lembra uma saudação aos cantores solo dos anos 50 e 60 (que ele também já admitiu em entrevista ser fã) com visões incríveis no imaginário e que há tempos não me proporcionava tal sensação...


O melhor aspecto geral no álbum “Villains” é que recebemos outro belo disco de uma grande banda de rock - uma das poucas restantes... Só pelo fato do grupo ter aumentado novamente a barra dos seus próprios elevados padrões, isto já soa inspirador. Ninguém sabe se continuaremos a ver grandes bandas de rock a se desenvolverem e se elevarem aos padrões que os fãs de rock merecem.


Comparado com um tempo na década de 90 - quando parecia que as bandas estavam caindo do céu - o mesmo não pode ser dito hoje em dia. Numa época em que muitos grupos se contentam em ficar no piloto automático, QUEENS OF THE STONE AGE é uma rara exceção. Eles já tinham provado a sua capacidade em fazer um álbum forte para corroborar todo o seu passado (“Songs For The Deaf”). E depois, lançaram outro disco para corroborar a sua musicalidade (“Like Clockwork”).


Mas no álbum “Villains”, em um nível diferente, eles conseguiram se manter fiel a quem eles são em seu núcleo, apresentando (o que poderia ser difícil de imaginar) uma nova e impressionante diversidade musical - apesar de sentirmos em pitadas alguns temperos do disco antecessor.


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