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by Brunelson
É um fato inegável que John Bonham foi, quiçá, o maior baterista na história do rock'n roll e se você alinhasse uma fileira de bateristas, as chances de cada um deles escolherem Bonham como o melhor, seria de quase 100%.
O baterista do LED ZEPPELIN rasgou o livro de regras, fez coisas inteiramente em seus próprios termos e que às vezes eram confusas, mas sempre brilhantes. Ele re-alinhou a aparência e o som da arte da bateria e é difícil imaginar como seria buscar a influência de outra pessoa na vida de John Bonham, mas mesmo o grande baterista do LED ZEPPELIN foi sim inspirado por outros.
A técnica furiosa e poderosa de Bonham foi a batida do coração do LED ZEPPELIN. Após a morte do baterista, a banda nunca mais foi a mesma numa apresentação ao vivo. As raras ocasiões em que os membros restantes se reuniram desde a sua morte em 1980, sempre foram um tanto aquém se comparado com Bonham tocando a bateria.
O baterista era o rolo compressor do grupo, levando-o adiante e adicionando uma grande dose de carne e osso ao serviço habilmente dourado do guitarrista Jimmy Page, do vocalista Robert Plant e do baixista John Paul Jones.
No livro de Mick Bonham sobre o seu falecido irmão, chamado "John Bonham: The Powerhouse Behind Led Zeppelin", até Robert Plant admitiu que “Bonham era a parte principal da banda. Ele foi o homem que basicamente fez tudo que Jimmy Page e eu compomos para funcionar... Não acho que haja alguém no mundo que poderia substituí-lo”.
Esse mesmo livro nos apresenta conversas que Mick teve com o seu irmão, uma época em que Bonham falava de uma forma relaxada e franca. O baterista havia lhe dito: “Não considero que eu seja particularmente influenciado por alguma coisa ou por alguém, mas quando comecei a tocar bateria, fui influenciado pela antiga soul music. Era apenas aquela sensação e aquele som, sabe?"
“Eu sempre gostei da bateria ser brilhante e poderosa”, disse ele ao seu irmão. “Eu nunca usei muito os pratos... Eu os uso para entrar num solo e sair dele, mas basicamente prefiro o som da bateria real”, observou Bonham.
“Quando ouço outros bateristas tocando, gosto de dizer quando percebo: 'Oh! Eu não tinha ouvido isso antes’. Ser você mesmo é muito melhor do que soar como qualquer outra pessoa e a coisa que o baterista Ginger Baker faz, é que ele é ele mesmo tocando (baterista do CREAM). Portanto, não adianta tentar fazer o que ele faz”, admitiu Bonham, francamente.
Um baterista como Ginger Baker da banda CREAM era um personagem idêntico a Bonham em uma infinidade de maneiras, mesmo que ambos tivessem os seus estilos próprios e que continua sendo um testamento de suas originalidades. Ouvir o estilo da bateria de Baker pode não ter influenciado a abordagem de Bonham, mas isso não significa que ele não poderia emular a sua grandeza em outras formas de tocar - o que Bonham fez devidamente.
Houve uma ligeira comparação entre os dois durante as suas carreiras - as quais operavam ao mesmo tempo, mas em circunstâncias extremamente diferentes. Com Baker morando na África enquanto Bonham viajava pelo mundo nos anos 70, o baterista do CREAM nunca gostou muito da comparação entre eles.
Em suas memórias no livro chamado "Hellraiser: The Autobiography of The World’s Greatest Drummer", Baker escreveu: “John Bonham certa vez fez uma declaração de que havia apenas dois bateristas no rock ‘n’ roll britânico, que era ele mesmo e eu, Ginger Baker. A minha reação a isso foi: ‘Seu pequeno bastardo atrevido!’”
Voltando para a soul music, aqueles primeiros discos foram um despertar musical para Bonham e embora a música que ele iria criar existisse num mundo completamente diferente dos sons em que foi criado, esse amor pelo ritmo soul nunca morreu.
A sua vasta adoração por diferentes estilos de bateria foi inconscientemente absorvida pelo DNA de Bonham quando criança, se tornando um amálgama dos grandes bateristas com os quais cresceu ouvindo com cada um emitindo os seus próprios e exclusivos ingredientes, um fator que o tornou indiscutivelmente o melhor baterista que já caminhou sobre a Terra.
Então, por quem John Bonham foi influenciado? Em sua mente, ninguém. Ele era absolutamente único e queria que todos soubessem disso.
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