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Jefferson Airplane: "Jim Morrison usava de tudo, era maconha, haxixe, cocaína, o que quer que seja", disse a vocalista da banda

  • by Brunelson
  • há 12 horas
  • 3 min de leitura

Nenhuma outra era tipificou o ethos "viva rápido, morra jovem" tão habilmente quanto a década de 60. 


O advento da contracultura hippie coincidindo com o aumento da proeminência de substâncias psicoativas como o ácido LSD, inspirou a criação de alguns artistas verdadeiramente inovadores, bem como uma infinidade de bandas de rock and roll desafiadoras e viciadas em drogas. 


Mesmo assim, houve alguns poucos nobres que levaram esse coquetel de excessos mais longe do que qualquer outra pessoa, gente como Grace Slick e Jim Morrison.


Tanto Slick quanto Morrison começaram na música ao mesmo tempo, com Slick formando o THE GREAT SOCIETY em 1965 e Morrison formando o THE DOORS no mesmo ano. Suas respectivas jornadas ao topo da pilha do rock na contracultura americana foram pontuadas por uma propensão infinita à originalidade, uma ampla gama de influências e claro, muito uso de drogas. 


Em particular para Slick, algumas de suas composições mais renomadas, como o clássico da banda que ela fez parte de maior renome, a canção "White Rabbit" do JEFFERSON AIRPLANE, estavam irrefutavelmente ligadas ao uso de ácido LSD e que veio a tipificar a era da contracultura.


De sua parte, o trabalho de Morrison com o THE DOORS não foi mais sutil em suas referências ao uso de drogas. A música "People Are Strange" é muito obviamente um relato da cena da contracultura e das pessoas estranhas encontradas durante uma viagem de ácido LSD.


O LSD não era visto como um grande problema na cena hippie, particularmente depois que foi adotado por grupos mais populares como os BEATLES e ROLLING STONES, mas conforme ele progrediu, o uso de drogas de Morrison se tornou cada vez mais preocupante para aqueles ao seu redor.


Afinal, Morrison não estava usando somente LSD e ele não estava tomando drogas somente para inspiração artística. Conforme os anos passavam, parecia que o compositor estava tomando diariamente uma quantidade preocupantemente ampla de drogas sem nenhuma outra razão além de passar o dia "viajando". Claro, abuso de drogas e álcool não é uma ocorrência rara dentro do rock and roll, mas Morrison levou isso a tal ponto que até Grace Slick começou a se preocupar.


Quando ambas as bandas começaram a atingir o mainstream global, o JEFFERSON AIRPLANE frequentemente fazia turnês ao lado do THE DOORS. Essas turnês deram a Slick e Morrison uma oportunidade de passarem um tempo um com o outro e participarem de grandes quantidades de uso de drogas junto com o resto de suas respectivas bandas.


Em seu livro biográfico, "Somebody to Love", Slick relembrou: “Os adolescentes nas ruas de Amsterdã, na Holanda, nos reconheciam... Eles vinham e conversavam, nos entregando várias drogas como presentes de agradecimento por nossa música. A maioria de nós apenas dizia: ‘Obrigada’ e colocava o que quer que fosse em nossos bolsos para usar mais tarde”. Em contraste, Morrison aparentemente não via razão para perder tempo quando se tratava dessa miscelânea de drogas gratuitas entregues a ele por legiões de fãs adoradores.


Slick continuou: “Por outro lado, Jim Morrison parava, se sentava no meio-fio da calçada e começava a usar a droga que fosse ali mesmo. Era maconha, haxixe, cocaína, o que quer que seja. Achava que ele estava ingerindo uma combinação excessivamente interessante de produtos químicos para o show daquela noite”. 


Claro, a política pesada e não discriminatória de Morrison em relação às drogas e ao álcool foi um grande fator contribuinte para sua morte trágica em 1971, com apenas 27 anos de idade. Na verdade, algumas pessoas próximas a ele alegaram repetidamente que sua morte foi resultado direto de uma overdose de drogas enquanto estava morando em Paris. 


E para Slick, o fato dele ter chegado aos 27 anos foi uma surpresa, dado o estilo de vida excessivo que o astro do rock levava, onde a vocalista do JEFFERSON AIRPLANE concluiu: “O fato de Jim Morrison ter vivido tanto tempo, foi incrível pra mim”.

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