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  • by Brunelson

Alice in Chains: Top 10 riffs do guitarrista Jerry Cantrell


Comemorando os 30 anos de vida do icônico álbum de estreia do ALICE IN CHAINS, "Facelift" (1990), o site rockinthehead resolveu mostrar para você os Top 10 riffs do guitarrista Jerry Cantrell, que desde então injeta riffs com melodias atemporais em nossas veias...

Desnecessário dizer que o aniversário nos deixou nostálgicos sobre a lendária banda grunge. Antes da ascensão do NIRVANA e do aumento onipresente do gênero no início dos anos 90, ALICE IN CHAINS já tinha um contrato com uma grande gravadora. Eles foram uma das primeiras grandes bandas de Seattle a alcançar tais alturas. 

O termo "grunge" não era uma coisa. Bandas como GREEN RIVER, MOTHER LOVE BONE e MELVINS, estabeleceram as bases, combinando as texturas sonoras do metal, o éter do punk rock e a honestidade do que então era chamado de música “alternativa”. 

ALICE IN CHAINS, amadurecendo de suas origens sinceras no metal, parecia alinhar perfeitamente esses fatores. O álbum "Facelift" alcançaria em massa as rádios universitárias americanas de uma forma generalizada, bem como um sucesso nas paradas da Billboard com a música "Man in The Box", um cruzamento na época que poucos conseguiram com tal floreio.

Nas três décadas desde o lançamento do disco "Facelift", a história do ALICE IN CHAINS tem sido objeto de conjecturas duvidosas, mistério e sensacionalismo (a la infame capa de Layne Staley na revista Rolling Stone). A história iconoclasta da banda - notoriamente privada - e de seu falecido vocalista original e membro fundador, Layne Staley, ameaçava ofuscar a verdadeira essência de sua arte. 

O núcleo no início do ALICE IN CHAINS é a guitarra comovente de Jerry Cantrell e as letras sombriamente impressionistas na maioria dele e um pouco de Staley - alimentadas por uma seção rítmica feroz do baterista Sean Kinney e dos baixistas Mike Starr (membro original, falecido) e Mike Inez. Com o atual vocalista/guitarrista, William DuVall, eles deram continuidade a esse alto nível de criatividade. Eles são uma banda intensamente musical, o que é comprovado por sua habilidade de balançar sem esforço do heavy metal ao lento material acústico.

Hoje, decidimos aprimorar o trabalho de riffs memoráveis e subestimados do guitarrista Jerry Cantrell.


Nem toda música do ALICE IN CHAINS contém um riff, conforme a banda mudou em direção a territórios musicais mais sombrios nos anos 90 - abraçando outras atmosferas e texturas - mas Cantrell pode tocar com o seu melhor, mostrando os dentes no metal dos anos 80 durante os anos de formação pré-ALICE IN CHAINS. O seu domínio está na habilidade de injetar melodia nesses riffs, sejam virtuosos ou não, reproduzidos por meio de tons gloriosos que permanecem no auge da produção de guitarras gravadas na história do rock.

Confira sem nenhuma ordem qualitativa, o Top 10 riffs do guitarrista Jerry Cantrell no ALICE IN CHAINS:


* Música “What The Hell Have I” (Trilha Sonora do Filme "O Último Grande Herói", 1993)

Embora existam alguns riffs de guitarra de inspiração oriental no catálogo do ALICE IN CHAINS que valem a pena incluir aqui, a canção “What The Hell Have I” estreitamente conduz a um caminho superior desde o álbum "Dirt" (3º trabalho de estúdio, 1992). Uma música que não pertence ao disco, “What the Hell Have I” foi originalmente lançada como single e lançada na trilha sonora do filme "Last Action Hero", antes de aparecer na coletânea "Music Bank" do grupo no final dos anos 90. Por ser indescritível, é uma canção que mesmo alguns novos fãs do ALICE IN CHAINS podem ainda não terem ouvido... O evocativo riff de abertura de Cantrell cria um tom discreto que irrompe com um dos ganchos mais cativantes de Staley, vindo aparentemente do nada.


* Música: “It Ain’t Like That” (1º disco, "Facelift", 1990)

Cantrell e cia haviam abandonado a maior parte de suas antigas inclinações musicais, quando começaram a trabalhar com o produtor Dave Jerden no álbum "Facelift". No entanto, os vestígios finais desse som ainda prevaleciam em bandas contemporâneas da época e você consegue ouvir vagamente essa influência em algumas partes no disco "Facelift". Mas isto não ocorre nesta canção, onde não há como negar o riff central hermético de Cantrell mostrando o que era o grunge para o mainstream. Se fosse lançada como single (se não me engano era a 1ª opção da banda), poderia ter sido um sucesso mundial pela MTV.


* Música: “Got Me Wrong” (2º trabalho de estúdio, "Sap", 1992)

A única escolha verdadeiramente excêntrica nesta lista, considerando que tecnicamente não é um riff no sentido literal. A canção “Got Me Wrong” é mais um padrão de acordes tocados com a rigidez e elasticidade de um riff. É uma das partes de violão encontrando a guitarra mais memoráveis dos anos 90, imortalizada na versão do MTV Unplugged e também sendo recebida nas rádios FM dos EUA. Era uma nova brisa da música do ALICE IN CHAINS, mostrando que a banda não tinha somente na bagagem as guitarras pesadas para sacar.


* Música: “Heaven Beside You” (5º trabalho de estúdio, "Alice in Chains", 1995)

Acusticamente falando, talvez o riff mais forte de qualquer uma das canções do ALICE IN CHAINS, "Heaven Beside You" é um clássico de Jerry Cantrell. Os arpejos escolhidos e as curvas calculadas das cordas fluem com uma suave facilidade, que evoca as imagens líricas da música: o vento de inverno, o reflexo sombrio, a passagem do tempo e como isso nos muda. A versão apresentada no MTV Unplugged é indiscutivelmente a performance definitiva desta música, no entanto, a versão de estúdio apresenta algumas leves triturações durante a ponte da canção, que inclui um riff próprio ligeiramente perturbado.


* Música: “Check My Brain” (6º trabalho de estúdio, "Black Gives Way to Blue", 2009)

Simbolicamente, “Check My Brain” é uma música fundamental na carreira da banda - já admitida por Cantrell em entrevista que era um velho riff dos anos 90. Lançada como single para o álbum de retorno do grupo, "Black Gives Way to Blue", a canção ganhou força na rádio e sinalizou a volta da banda logo de cara ao reino do rock mainstream - apresentando o seu novo frontman, William DuVall. A música bate cartão-ponto em todos os shows do grupo desde então, onde o riff aqui é deliciosamente dobrado daquele jeito retorcido de ser do ALICE IN CHAINS, ostensivamente filtrado pelo pedal whammy. O tom de Cantrell é forte, parecendo que não vai conseguir controlá-lo, sendo que o riff literalmente pisa em cima dos alto-falantes e atendeu às expectativas e apreensões de muitos fãs com o retorno do ALICE IN CHAINS.


* Música: “Grind” (5º trabalho de estúdio, "Alice in Chains", 1995)


A canção que abre esse disco sombrio do ALICE IN CHAINS soa literalmente como um "moedor" (desculpe o trocadilho). Um padrão repetitivo é dedilhado em submissão sônica e vazado em distorção difusa. A voz de Staley chega como uma transmissão de intercomunicação dentro de uma fábrica industrial, cantando: "No buraco mais escuro / Você seria bem aconselhado..." A música cria um clima implacável de desolação e destruição que permeia todo o álbum, sendo este o último disco do ALICE IN CHAINS gravado com Layne Staley nos vocais. Embora a atmosfera do álbum muitas vezes peça menos riffs óbvios como nos álbuns "Facelift" e "Dirt", a canção “Grind” acaba sendo a exceção.


* Música: “Rotten Apple” (4º trabalho de estúdio, "Jar of Flies", 1994)

A guitarra de Jerry Cantrell na abertura deste EP com a canção “Rotten Apple”, pode ser o intercâmbio mais próximo para se tele transportar para aquela época, relembrando quando estava escutando essa música pela 1ª vez em 1994 na fita cassete do meu aparelho... O produtor Toby Wright capturou esse espetáculo cintilante em fita analógica, da qual todos nós somos testemunhas afortunadas do seu sublime trabalho de guitarra e mixagem (para não mencionar um dos usos mais bem aplicados do talk box na história do rock). O baixo de Mike Inez se enrola em torno dos arpejos e escalas de Cantrell. As linhas melódicas se misturam em um banho quente de beleza acústica. A música e o EP são uma conquista padrão nota ouro na produção da guitarra, rivalizando, nesta questão, com o trabalho de lendas na história rock.


* Música: “Died” (Coletânea, "Music Bank", 1999)

A última música gravada pelo ALICE IN CHAINS com o seu vocalista original, Layne Staley, por acaso abriga um dos riffs mais dinâmicos e memoráveis de Cantrell. Evocando o espírito do BLACK SABBATH, Cantrell apresenta uma enxurrada de riffs volumosos chapantes e agitados, que caberiam perfeitamente em sua estreia solo em 1998. A canção “Died” foi gravada em 1999 junto com a música “Get Born Again”, novamente com a produção de Toby Wright. Elas foram incluídas na coletânea "Music Bank" e finalmente lançadas numa edição limitada em vinil de 7″ para o Record Store Day em 2017.


* Música: “Them Bones” (3º trabalho de estúdio, "Dirt", 1992)

O riff de abertura abafado da canção “Them Bones” é puro metal - e outra cápsula do tempo f... E como a música de abertura do icônico álbum da banda de 1992, "Dirt", serviu como introdução de fato ao ALICE IN CHAINS para muitas pessoas, é creditado exclusivamente a Cantrell, mas Staley aparentemente improvisou os gritos de abertura da música com os seus "Ah!" (conforme ele revelou uma vez em entrevista), justamente cronometrados com a primeira nota em cada compasso do riff de Cantrell. É difícil imaginar a música - ou o riff - sem essas vocalizações, no entanto, é uma peça esmagadora do metal alternativo e uma das composições mais pesadas do ALICE IN CHAINS.


* Música: “Man in The Box” (1º disco, "Facelift", 1990)

A canção que lançou o ALICE IN CHAINS ao estrelato. A importância desta música não pode ser menos do que exagerada e o riff de abertura de Jerry Cantrell não é apenas o mais reconhecível de todos, mas um dos melhores na história do rock. A variação rítmica sutil e um preenchimento martelado impecavelmente bem cronometrado, fazem uma cama perfeita para o gancho sem palavras de Staley. Isto selou o acordo intrínseco musical e quando a MTV viu o videoclipe, eles o escolheram para a rotação máxima e o ALICE IN CHAINS se tornou um nome familiar da noite para o dia. Como resultado, o álbum "Facelift" saltou do nº 166 para o nº 42 nas paradas da Billboard. A música “Man in The Box” continua a permear as ondas das rádios FM até hoje em todo o mundo e nunca vai envelhecer - uma das provas do que é uma obra de arte.


Confira os outros Top "alguma coisa" que o site rockinthehead já publicou sobre o ALICE IN CHAINS:



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