Aberdeen: entrevista do site rockinthehead com o baterista da banda
A banda ABERDEEN foi formada em Rio Grande/RS em meados de 1995 e atualmente conta com o vocalista/guitarrista Diego K, baterista Rick G, e baixista Erlon M.
Em 2018, o grupo lançou o 2º álbum de estúdio, "Homeless", um disco "melódico e variado, possuindo a versatilidade necessária para conectar-se com diferentes tipos de público" (conforme release da banda).
O site rockinthehead entrevistou o baterista do grupo ABERDEEN, Rick G. Confira logo abaixo:
Pergunta: Como surgiu a ideia de formar a banda?
Rick G: A banda foi formada em 1995 por uns colegas de aula de ensino médio que curtiam NIRVANA e queriam fazer uns covers dessa banda. Porém, logo no início do processo, o vocalista e guitarrista Diego K começou a compor umas faixas bem nessa linha. Eu, Rick G, baterista, me interessei bastante quando vi a banda ao vivo tocando essas músicas próprias. Incomodei para entrar na banda até conseguir.
Pergunta: O grupo está em turnê ou programando algo referente ao novo disco lançado em 2018, "Homeless"?
Rick G: ABERDEEN teve essa chance de fazer dois shows agora em 2019. Um na nossa cidade natal e outro numa cidade vizinha. A gente não tocava ao vivo fazia 11 anos, porque o Diego K se mudou de cidade. Inclusive a banda chegou a encerrar as atividades entre 2008 e 2015 por conta disso. Depois, com as facilidades de internet, a gente se motivou a manter a banda ativa e criativa. Segue complicado para a gente ensaiar e fazer show, mas dependendo das agendas e logísticas, a banda se esforça para tocar ao vivo, pois amamos fazê-lo.
Pergunta: Como está sendo a receptividade dos fãs com o novo álbum?
Rick G: Ah, os fãs vêm sendo muito carinhosos com a gente! Talvez porque a banda não lançava nada desde 2005, então, por conta disso, o lançamento do álbum "Homeless" acabou sendo um "parto comemorado". O bom é que a gente pôde, nesse espaço de tempo, ser bem específico com a produção e com as nuances que o álbum oferece. E felizmente pudemos ter o Vinícius Möller, que é um tecladista de outro mundo, contribuindo em quatro faixas, levando o material a um nível de sofisticação que a gente não teria como alcançar.
Pergunta: Quais as bandas do movimento grunge de Seattle que mais influenciaram vocês?
Rick G: No início eram NIRVANA, BUSH, SILVERCHAIR e FOO FIGHTERS. A gente ensaiava álbuns completos dessas bandas! Depois, fomos ampliando para o SOUNDGARDEN, ALICE IN CHAINS, STONE TEMPLE PILOTS, STAIND, HELMET e DRAIN STH. Nem todas essas bandas que listei são exatamente grunge ou de Seattle, mas creio que tenham um pé ali.
Pergunta: Como está o cenário independente de bandas em Rio Grande?
Rick G: Rio Grande sempre foi um celeiro cavalar de bandas boas - nos anos 90 e 2000, especialmente. Em termos de público, acho que deu uma estagnada, pois o pessoal que prestigia e apoia ainda é o mesmo de uma ou duas décadas atrás. A safra de bandas continua sendo bem boa, pelo que posso perceber. Infelizmente, são poucas que efetivamente lançam um disco ou batalham uma produção mais caprichada. Porém, as que conseguem fazer isso certamente merecem melhor repercussão Brasil afora.
Pergunta: Quais os planos futuros da banda ABERDEEN?
Rick G: Vai ter um disco novo, creio. Já estamos num estágio bem interessante da pré-produção. A gente tem um monte de material e ele é bem amplo sonoramente. Enquanto o "Homeless" era um disco mais focado e ia numa direção clara, o material novo tem essa intenção de embaralhar tudo de novo e tirar a gente da zona de conforto. A gente deve, não só ampliar o espectro melódico - que é bem forte em "Homeless" - mas com certeza esse próximo disco vai trazer umas coisas que a gente não abordou musicalmente ainda. Por isso, convidamos a galera adepta de um peso pesado alternativo para visitar nosso site aberdeenalternative.com e ter a confiança de que vamos lançar coisas novas sempre honrando a bandeira do rock alternativo!
Em fevereiro de 2019, o site rockinthehead havia publicado uma matéria sobre a banda ABERDEEN. Para conferir, é só clicar no título abaixo:
Confira o áudio de estúdio da canção "Destroyed Empire", que abre o disco "Homeless":