Hiro Yamamoto: "sou grato por ter sido membro do Soundgarden associado aos lançamentos independentes e às turnês em clubes, e não à era platinada e do rock de arena", disse o baixista original

Na noite de indução do SOUNDGARDEN no Rock and Roll Hall of Fame ontem a noite (08/11/2025), o famoso radialista de Seattle e que possui uma exposição própria na galeria do Hall of Fame, Marco Collins, postou em rede social antes da banda se dirigir ao local da cerimônia em Los Angeles: "A mãe de Chris Cornell, Karen, está em Los Angeles para a cerimônia de indução do SOUNDGARDEN no Rock and Roll Hall of Fame. De volta a Los Angeles para a cerimônia do evento e apoiando minha turma de Seattle, o SOUNDGARDEN! A banda organizou um encontro antes da sua apresentação hoje à noite, que pareceu mais como uma reunião de ex-alunos da escola para nós, jovens do noroeste do Pacífico".

Ele continuou: "Foi ótimo reencontrar Kim Thayil (guitarrista), Matt Cameron (baterista), Ben Shepherd (baixista), Susan Silver (1ª esposa de Cornell e 1ª empresária da banda) e o baixista original do SOUNDGARDEN, Hiro Yamamoto. E ver a incrível mãe de Chris Cornell, Karen, foi o ponto alto da noite. Energia de Seattle nessa noite, alta e vibrante, na cidade dos anjos, Los Angeles. A única coisa que faltou foi o próprio Chris”.

O baixista original do SOUNDGARDEN, Hiro Yamamoto (que saiu da banda em 1989), também se pronunciou em rede social no dia anterior ao evento do Hall of Fame, dizendo que: "Chris Cornell entrará no evento amanhã sem fazer barulho".

Yamamoto acrescentou: "Bem, o SOUNDGARDEN será introduzido no Rock and Roll Hall of Fame amanhã, e como diz a letra de uma de nossas músicas, Chris Cornell 'entrará sem fazer barulho'. Um abraço para você, Chris, e sei que você estará lá em espírito. Compartilhamos momentos incríveis juntos e eu valorizo ​​especialmente a energia catártica que levamos ao palco. A banda certamente sentirá sua presença conosco amanhã à noite. Gostaria que você pudesse estar aqui para compartilhar essa experiência maravilhosa e nos ajudar a demonstrar nossa gratidão aos fãs e a todas as pessoas que fizeram parte do SOUNDGARDEN durante todos esses anos".

"Estou muito grato pelo reconhecimento, especialmente por ser o membro da banda associado aos lançamentos independentes e às pequenas turnês em clubes, e não à era dos álbuns de platina e do rock de arena".

"Gostaria de agradecer a todos que apoiaram ou estiveram associados ao SOUNDGARDEN de alguma forma. Hesito em mencionar nomes porque não quero deixar ninguém de fora, sendo que as pessoas continuam vindo até mim para testar minha memória (peço desculpas por não me lembrar de todos), o que me faz perceber o mundo incrível de pessoas que tornam o SOUNDGARDEN possível".

"Acima de tudo, quero agradecer aos fãs. Vocês são parte essencial do SOUNDGARDEN. As histórias que vocês trazem, as relíquias que me pedem para autografar e todo o carinho que recebo de vocês, inclusive aqui nas redes sociais, é incrível! É muito legal que a música nos emocione tanto e é uma honra saber que, o que criamos faz parte do mundo de vocês! Obrigado por aquecerem meu coração".

Em outro lugar, Susan Silver – mais conhecida por ter sido a 1ª esposa de Cornell e ter sido empresária das bandas grunge, SOUNDGARDEN, ALICE IN CHAINS e SCREAMING TREES desde os seus primórdios até à ascensão à fama – foi entrevistada recentemente pela revista Variety, e dentre vários assuntos, ela refletiu sobre a sua carreira de sucesso e o legado duradouro do SOUNDGARDEN.

Durante a conversa, Silver refletiu sobre como o vocalista Chris Cornell – seu marido de 1990 a 2004, com quem teve 01 filha – lidou com a fama e a intensa atenção que acompanhou ao fato de se tornar um ícone do rock: “Chris Cornell era muito reservado e isso é algo que tínhamos em comum. Nós 02 éramos crianças tímidas e continuamos tímidos durante a adolescência, e conforme ele foi se tornando o cantor e artista incrível que se tornou, acho que Chris precisou criar uma espécie de escudo invisível ao seu redor porque ele era muito, muito sensível à energia externa”.

Silver continuou: “Chris não era o tipo de pessoa que ficava sentado lendo as críticas ou ouvindo a opinião das pessoas sobre sua banda ou sobre suas apresentações... Ele detestava fofocas, sabe? Então, acho que era mais uma questão de manter os olhos baixos, seguir em frente e criando um campo de força invisível ao seu redor. E isso muitas vezes podia ser interpretado como arrogância, mas na verdade era timidez e o fato de ser uma pessoa muito sensível e com uma autodefesa necessária”.

“Porque, como nós 02 vimos, esse negócio da música, a indústria musical e os próprios fãs, destroem um artista e o descartam sem dó. E com o advento da informação instantânea através da internet, é quase como se nós, como sociedade, tivéssemos demonstrado uma espécie de vibração mais baixa, nos sentindo melhor quando vemos outras pessoas fracassarem. Eu me sinto muito sortuda por mim e pelos meus clientes por terem alcançado este sucesso antes da era digital”.

Em relação à eleição do SOUNDGARDEN no Hall of Fame, Silver disse que não poderia estar mais feliz por eles, conlcuindo: “Estou muito orgulhosa deles, muito orgulhosa mesmo. É tão merecido, tão conquistado, e estou absolutamente emocionada e animada por estar lá com eles na noite da cerimônia para vê-los se apresentarem e para ver as surpresas que eles prepararam”.

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