Smashing Pumpkins: "não queríamos ser escravos das ideias dos outros"
by Brunelson
4 de fev. de 2021
3 min de leitura
"Nós confiamos em nós mesmos o suficiente para saber que daria certo", disse o frontman do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan, em recente entrevista para a Radio.com.
SMASHING PUMPKINS lançou o seu 10º álbum de estúdio em novembro de 2020, o disco duplo "Cyr".
Além disso, Corgan tem se mantido ocupado escrevendo um livro e um novo álbum conceitual, que será a etapa final da trilogia dos álbuns "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995) e "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000, este que será relançado de forma completa com mais de 80 músicas).
“Quando você fala assim, fico meio maluco”, admite Corgan. “Principalmente, porque estou focado em terminar este novo álbum em que estamos trabalhando, que é a sequência de ‘Mellon Collie’ e de ‘Machina’. É um tipo de rock musical com 33 canções... É muito trabalho e este é o meu serviço agora”.
Em relação à própria ideia de um álbum conceitual, Corgan admite que embora o processo não tenha sido fácil, ele agora acolhe para a sua própria sanidade: “Quando comecei numa banda, nunca teria pensado que teria vagado no uso de personagens e caminhos dissociativos para me expressar, mas adquiri isso no processo de fazer discos e colocar as minhas coisas em público era uma situação muito assustadora pra mim, então, esta era a única maneira de como eu poderia funcionar".
Com todas as canções e sons que o SMASHING PUMPKINS forneceu ao longo dos seus 30 anos na indústria, indiscutivelmente a letra definidora da banda é: "The world is a vampyre", a frase de abertura do seu hit, a música "Bullet With Butterfly Wings" (lançada no 3º disco em 1995).
Corgan ofereceu as suas memórias ao escrever essa linha icônica, dizendo que a banda já estava tocando o riff desta canção desde 1994, e durante uma pausa numa sessão de gravação na rádio da BBC, ele se esgueirou para um canto com a sua guitarra e começou a pegar algumas letras. Quando a linha "vampiro" apareceu, ninguém sabe, mas Corgan também se lembra de não ter tocado a música durante a turnê do Lollapalooza Festival de 1994.
Mudando de assunto e pensando no futuro e na forma como os fãs consomem música hoje em dia, Billy Corgan explica como uma das coisas mais incompreendidas sobre a banda como um todo é o fato de que eles não se preocupam com o tempo em que estão.
Corgan falou: “Você não se senta e pensa: 'Vou compor uma música no estilo de 'Bullet With Butterfly Wings'... Simplesmente não acontece assim, você me entende? Não nos sentamos e falamos: 'Vamos criar este hino do rock alternativo', mas se você olhar para o nosso trabalho naquela época, a próxima música que lançaríamos e que se tornasse um sucesso, talvez teria sido uma das menos importantes para nós, pois sempre priorizamos as músicas B e C tanto quanto daríamos atenção às músicas A. É assim que sempre trabalhamos e não queríamos nos sentir escravos dos negócios da música ou escravos das ideias de outras pessoas. Só queríamos fazer o que queríamos e se desse certo, ótimo".
Corgan concluiu: "Confiamos em nós mesmos o suficiente para saber que daria certo, e geralmente tem funcionado assim".
Confira o videoclipe da música "Anno Satana", lançada no último álbum do SMASHING PUMPKINS, "Cyr":
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