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  • by Brunelson

Smashing Pumpkins: ex-baixista comenta sobre passagem na banda e por que saiu


Smashing Pumpkins

O site Alternative Nation entrevistou recentemente um ex-membro do SMASHING PUMPKINS, a baixista Ginger Pooley. Ginger se juntou à banda quando o SMASHING PUMPKINS retornou do seu hiato em 2007, participando da gravação do álbum "Zeitgeist" (6º disco, 2007) e turnê do mesmo, até quando ela saiu da banda em 2010.


Desde que deixou o SMASHING PUMPKINS, Ginger Pooley já tocou com vários artistas e agora ela está lançando a sua nova banda, BURNING POOLS.


Dentre vários tópicos levantados na entrevista, Ginger lembrou do seu teste de audição para entrar na banda, o desentendimento do baterista original, Jimmy Chamberlin, com o frontman Billy Corgan em 2010 - quando o baterista tinha deixado o grupo, retornando em 2015 e está até hoje na banda - sobre os outros baixistas que passaram pelo SMASHING PUMPKINS, as suas memórias referente aos lendários shows residentes nas cidades de Asheville e San Francisco em 2007, e quando ela conheceu Chris Cornell, Tom Morello e Scott Weiland.


Seguem alguns trechos dessa entrevista:



Jornalista: Você gostaria de abrir o show de alguma banda com o seu grupo, BURNING POOLS, quando tudo voltar ao normal?


Ginger Pooley: Com certeza, seria incrível abrir para os meus ex-companheiros de banda no SMASHING PUMPKINS. Abrindo para o RAGE AGAINST THE MACHINE seria épico! A nossa música também é bem dirigida por protestos e em alto volume, então, seria incrível! Poderia ser para o PEARL JAM, GOJIRA ou qualquer coisa que Jack White esteja fazendo. Sério, qualquer um!



Jornalista: Como você fez o teste para entrar no SMASHING PUMPKINS com o álbum de retorno em 2007, "Zeitgeist", e como foi o primeiro encontro e tocar com Billy Corgan (frontman), Jimmy Chamberlin (baterista original) e Jeff Schroeder? (guitarrista, entrou em 2007 e está até hoje na banda)


Ginger: Fui indicada pela minha amiga Tatiana, a mesma amiga que indicou Jeff Schroeder. Toquei primeiro apenas com Jimmy Chamberlin e não havia mais ninguém na sala. Ele já era tão importante para mim naquela época que eu poderia ter saído daquela sala me sentindo satisfeita por ter tocado com ele uma vez na vida, mas nós tocamos um punhado de músicas e... Não há nada como tocar com aquele cara. Foi surreal e ele é incrível.


De qualquer forma me pediram para voltar, semana após semana, pelo menos 03, 04 dias por semana. Cada vez tocando mais e mais músicas do catálogo. Apenas Jimmy e eu por alguns meses! Nesse ponto, ainda não tinham me dito que eu estava na banda, mas estava basicamente ensaiando apenas com Jimmy. Foi muito bom. Nessa época, eu já tinha me tornado amiga de Billy Corgan.


Perto do fim, Jeff, Jimmy e eu tocaríamos todos juntos até que finalmente Billy se juntou e me disseram que eu tinha conseguido o trabalho. Ah, eu não sei... Eu tinha decidido desde o primeiro dia que iria entrar de cabeça nisso e tratei como um trabalho em tempo integral, independentemente do que fosse. Acho que a minha dedicação valeu a pena no final.



Jornalista: Quanta influência D'arcy (baixista original que não retornou à banda) teve no seu jeito de tocar e no comportamento no palco?


Ginger: Eu não diria que ela teve uma influência sobre as minhas apresentações ao vivo, mas ela era definitivamente um ídolo para mim. Eu tinha uma foto dela na parede do meu quarto quando era adolescente e sempre amei como ela era legal. Ela se vestia bem e tocava de uma forma bacana. Eu não a conheço pessoalmente, mas não tenho nada além de boas vibrações para dar.



Jornalista: Quanto trabalho levou para as residências em Asheville e San Francisco que o SMASHING PUMPKINS realizou em 2007? O documentário "If All Goes Wrong" mostra como alguns fãs resistiram às mudanças do setlist dos shows com músicas que Billy Corgan tinha acabado de compor, além de canções jams como "Gossamer" e "Superchrist".


Ginger: Estes shows residentes que fizemos deram muito trabalho! (risos) Quero dizer, foi incrível ser uma banda tão unida naquela época, onde éramos uma máquina, mas Billy nos manteve alerta também escrevendo e compondo durante o dia e nos fazendo aprender essas novas canções durante a passagem de som. Em seguida, naquela mesma noite, tocaríamos essas novas músicas no show. Eu sei que muitas pessoas vão aos shows para ouvir as suas músicas favoritas e geralmente sou uma dessas fãs, mas Billy estava criando e isso é o que ele faz. Ele queria tocar essas músicas e nós tocamos. Eu não sei... Acho que é muito punk rock dizer: "Dane-se, vou ser fiel à minha arte e tocar a minha nova música que acabei de compor, mesmo que tenha 30 minutos de duração" (risos).



Jornalista: O final da turnê do álbum "Zeitgeist" encerrou aquela formação de retorno do SMASHING PUMPKINS, com Jimmy e Billy tendo uma briga em 2010. O baterista Mike Byrne foi chamado no lugar dele... Quais são as suas memórias desse período e a sua decisão de deixar a banda?


Ginger: Pessoalmente falando, esta foi uma época tão monumental na minha vida que eu tinha me comprometido com o SMASHING PUMPKINS, onde no meio do percurso me apaixonei, me casei e engravidei, tudo num período de 02 anos! A banda estava pronta para fazer uma pausa naquele momento e no início daquele intervalo, houve uma desavença entre Jimmy e Billy, sim... Isso foi uma chatice e me lembro de pensar que não acho que poderia tocar com um baterista diferente naquela banda, mesmo que eu não ache que Jimmy tenha o mesmo pensamento sobre mim, mas honestamente, é exatamente o que eu sinto por ele. Depois de um tempo, Billy contratou Mike Byrne para a bateria.


Eu tinha dado à luz ao meu bebê e os ensaios estavam programados para começar com a nova formação. O nascimento da minha filha foi bastante traumático, então, eu realmente tive que decidir se poderia me comprometer com a banda da maneira que tinha feito desde então. É realmente uma coisa que você tem que entrar de cabeça, sabe? É tudo ou nada, cara. Eu simplesmente não conseguia ficar longe da minha filha logo que ela nasceu e mesmo que eu a levasse comigo nas turnês, a dedicação à banda é algo que você não pode perder o foco. De qualquer forma, tomei uma difícil decisão de sair do grupo... Foi um telefonema chato de se fazer, tipo, foi difícil por um longo tempo e como qualquer separação, leva tempo para superar.



Jornalista: O que você achou dos baixistas que tocaram no SMASHING PUMPKINS depois de você, como Nicole Fiorentino, Mark Stoermer e atualmente Jack Bates? Você conheceu algum deles?


Ginger: Sim, eu os conheci. Todos são ótimos! Conheci Mark Stoermer quando estava no SMASHING PUMPKINS e tocamos juntos em festivais com a banda dele, THE KILLERS, no Reino Unido e na Espanha. Ele sempre foi super legal comigo... Nicole eu a conheci da última vez que toquei junto com Billy Corgan referente ao Record Store Day, que foi depois que tive a minha filha. Ela sempre foi super doce e somos amigas nas redes sociais. Eu a deixei pegar alguns equipamentos emprestados quando ela entrou no meu lugar no SMASHING PUMPKINS para ensaiar com a banda.



Jornalista: Você estaria aberta para retornar ao SMASHING PUMPKINS, mesmo apenas para uma apresentação especial? Com James Iha (guitarrista original) voltando à banda, Jimmy Chamberlin retornou em 2015 e até mesmo Courtney Love fez uma apresentação especial num show, vimos que tudo é possível!


Ginger: Eu sempre estarei aberta para tocar com Billy em qualquer função que seja. Eu amo o SMASHING PUMPKINS e adoraria tocar novamente se eles precisassem de alguma substituta ou algo assim. Eu conheci James Iha no show solo de Billy em 2019 e ele é super legal.



Jornalista: Para finalizar, nas turnês de 2007 e 2008 você tocou com outros grandes nomes em festivais. Eu vi você tocar com o FOO FIGHTERS, VELVET REVOLVER e artistas como Perry Farrell e Chris Cornell num festival em Los Angeles no ano de 2007. Você tem algumas histórias interessantes sobre conhecer grandes nomes em turnê? Eu vi você tocar também com Slash e Tom Morello.


Ginger: Aquela época foi um turbilhão, cara... O foco na época era 100% na música do SMASHING PUMPKINS, tipo, havia muitas músicas no catálogo da banda e o setlist mudava todas as noites. Era um show de 03 horas todas as noites e o meu cérebro estava cheio! (risos).


Quase não havia tempo para fazer nada além de pensar sobre a música do SMASHING PUMPKINS. Isso não era uma coisa ruim, era incrível ver como Billy é uma pessoa focada. É uma forma muito pura de ser quando se trata de música, mas enfim, também tocamos com alguns artistas e bandas incríveis.


Acabei conhecendo Tom Morello no bar do hotel onde as nossas bandas estavam hospedadas. O meu marido e eu nos demos bem com Tom. Ele é obviamente incrível e tocamos em alguns dos seus shows solo junto com Slash e Perry Farrell. Aquilo foi muito divertido, cara! A esposa de Perry Farrell, Etty, também é super doce e mantemos contato.


Esse tempo foi tão bom... Eu adorava ver os caras do VELVET REVOLVER quando estávamos nos mesmos hotéis ao redor do mundo. Também me lembro de ver Chris Cornell com a sua esposa em Istambul, quando tocamos em um festival juntos na Turquia. Os caras do THE KILLERS foram super legais comigo e saíamos juntos com eles durante as turnês.


Confira a performance do SMASHING PUMPKINS com Ginger Pooley no baixo, da canção "Doomsday Clock" (que abre o álbum "Zeitgeist"):

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