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  • by Brunelson

Stone Temple Pilots: “Scott não tinha condições de ser o vocalista da banda”

Os membros do STONE TEMPLE PILOTS, os irmãos Robert e Dean DeLeo (baixista e guitarrista), haviam sido entrevistados em 2016 no programa de rádio, Covino and Rich, e a entrevista finalmente foi liberada no YouTube. Eles falaram sobre o lendário Scott Weiland (ex-vocalista).


Robert disse que ficou "um pouco choroso" quando os anfitriões tocaram na rádio a clássica música do STONE TEMPLE PILOTS, “Wonderful” (do subestimado 5º álbum de estúdio, “Shangri la Dee Da”, 2001).


Dean falou: "Scott Weiland foi simplesmente extraordinário, ele foi ótimo! Eu não fico preocupado com o que os outros pensam, mas para mim, ele foi um dos grandes e também foi um dos melhores da história do rock’n roll".


Quando perguntado sobre a luta contra as drogas de Weiland, Dean foi bastante honesto:


"Eu vou te dizer uma coisa, cara, Scott foi se afundando cada vez mais e foi ficando mais e mais distante de nós. Eu acho que Robert, Eric (baterista) e eu, éramos as 03 pessoas em sua vida que não aprovavam mais o seu estilo de vida. Nós éramos as últimas pessoas que ele queria estar por perto, então, a separação foi ficando cada vez mais distante e a comunicação foi se quebrando mais e mais. Realmente, o nosso relacionamento voltou a ficar tenso, eu não sei, em meados de 2009, eu acho... Quando nós retornamos do nosso hiato em 2008, o primeiro ano foi tudo muito bem, com Scott ainda mostrando um pouco da sua antiga diversão, mas você podia ver que ele estava lutando consigo mesmo por dentro".


Ele acrescentou: "Ele só foi ficando cada vez mais fora do controle, sabe? Cara, eu comecei com essa banda em 1989, e eu acho que passamos a metade das nossas vidas juntos, experimentando o melhor dos melhores e o pior dos piores”.


Ele continuou: "Passamos a metade das nossas vidas tentando ajuda-lo. Depois de 20 anos, essa situação começou a entrar para dentro da minha casa e na vida da minha família, que situação... Eu fiquei realmente muito infeliz com isso".


Robert disse: "Eu acho que o vício não leva você à honestidade e à verdade com as outras pessoas, você meio que tenta fugir disso e foi isso o que aconteceu. Eu acho que, quando você olha para a nossa história de turnês, fizemos a turnê americana do nosso 2º disco, ‘Purple’ (1994), por 04 meses, sabe? Foram 04 meses de turnê, então, quando saímos em turnê para promover o nosso 3º disco, ‘Tiny Music... Songs From The Vatican Gift Shop’ (1996), durou apenas 06 semanas! Nos recusamos a continuar a turnê, porque Scott não estava em condições de fazer o seu trabalho e porque queríamos vê-lo melhor de saúde. Nós não queríamos leva-lo em turnê para não dar chance para a morte, você me entende? Mas no final, veja só o que aconteceu".


Dean foi perguntado qual havia sido a reação inicial, quando ouviu pela 1ª vez a notícia do falecimento de Scott em Dezembro/2015:


"Naquela noite, eu me lembro de ter sentido uma sensação diferente ao ouvir aquela notícia sobre Scott... Eu estava no estúdio e estava longe do meu celular - porque eu tinha um violão na mão a maior parte da noite - quando depois de um tempo, eu olhei para o celular e vi umas 40 mensagens de texto. Lembro de ter pensado, tipo: ‘Isso é verdade?’ Fiquei parado olhando para o celular e foi realmente como nada que eu já havia experimentado antes na minha vida... Foi como se um pedaço de mim tivesse caído”.


Os anfitriões perguntaram se eles estavam considerando reunir-se com Weiland em 2015, logo depois quando Chester Bennington havia deixado a banda. Dean DeLeo disse com firmeza que não:


"Não, eu acho que Scott fez um dano irreparável, sabe? Quero dizer, temos que ter cuidado com as palavras porque ele está morto, certo? Ele se matou... Tudo o que poderíamos dizer será irrelevante e hipotético, mas Scott estava incapaz de ser o vocalista dessa banda. Ele se foi, cara..."


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